18/06/2009
by George Campos
Comments Off on Qualidade no trabalho para manter bons profissionais
Parece que aquela filosofia de ataque do Google tem dominado algumas empresas de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil. O famoso 70 – 20 – 10, não são os números da mega sena mas também pode trazer lucros ou seja durante 70% do seu tempo você deve estar focado no assunto principal do seu trabalho. Já 20% o funcionário deve se dedicar a novos projetos dentro da própria empresa e por fim os outros 10% você pode usar a infraestrutura da empresa pra fazer o que bem entender.
Na matéria abaixo do PEGN, mostra empresas que pagam até R$ 1.000,00 por boas indicações de profissionais para empresa além de bancar outros benefícios como academia, futebol, massagens, cursos, entre outras coisas. Realmente uma boa referência para que outras empresas possam se espelhar.
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O que as empresas de TI fazem para reter talentos
Para evitar a alta taxa de rotatividade de técnicos, comum nas empresas de Tecnologia da Infomação (TI), empresários do setor têm adotado métodos alternativos.
Na Elucid, os funcionários que indicam um profissional que é contratado e permanece na empresa por mais de seis meses ganham R$ 1 mil de bonificação. Com isso, espera-se que os novatos não deixem seus cargos rapidamente em consideração aos colegas que serão premiados.
Estratégia similar também é adotada na Cyberlynxx, cujo bônus em caso de boas referências é de R$ 100. “É interessante incentivar as indicações internas, pois nossos colaboradores conhecem o perfil de pessoas que queremos”, conta Marcelo Astrachan, presidente da empresa.
De acordo com Joel de Souza Dutra, professor do departamento de administração da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, essas promoções têm resultados positivos, mas pontuais. As empresas que desejam evitar a rotatividade de funcionários – o chamado turnover – devem fazer mudanças estruturais em seu ambiente de trabalho e investir em planos de carreira.
“O elemento determinante para reter os empregados é sempre a possibilidade de movimentação dentro da empresa, pois a remuneração é consequência disso. Alguém que tem perspectiva de melhoria na empresa onde trabalha não vai arriscar perder sua posição por uma oferta de sálario 15% maior”, explica o professor.
Ambas as empresas também procuram aplicar as soluções sugeridas por Dutra. No segundo semestre deste ano, a Cyberlynxx pretende implantar um programa de mapeamento de pessoas com alto potencial para se tornarem sócias da empresa futuramente. “Acreditamos que nossa companhia tem grande potencial de crescimento e, por isso, precisará de novos cérebros. Além disso, não somos uma empresa familiar e sabemos da importância de capacitar novas lideranças para dar continuidade ao negócio”, afirma Astrachan.
A empresa também buscou aproximar o corpo de empregados da diretoria. O colaborador, de qualquer área, que trouxer uma oportunidade de negócio não mapeada pelos diretores é remunerado proporcialmente ao lucro do projeto. Astrachan relata que um dos atuais carros-chefes da empresa foi sugerido por um garoto de 25 anos.
A Cyberlinxx, hoje, tem taxa de evasão de colaboradores de menos de 3% e faturou no ano passado R$ 16 milhões.
Menos trabalho, mais qualidade
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Funcionários da Elucid que indicam bons profissionais recebem bônus de R$ 1 mil
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Há cerca de três anos, a Elucid vem buscando trazer mais equilíbrio entre a vida corporativa e os momentos fora do escritório. Por isso, montou dois times de futebol, uma equipe de corrida, paga academia femina para as mulheres que não se empolgam com as demais atividades e oferece massagem na empresa duas vezes por semana. Além disso, busca dar flexibilidade de horários aos seus empregados e, conforme o cargo, também auxilia finaceiramente MBA e cursos de especialização. “As pessoas não nascem para chegar aos 25 anos e trabalhar sem parar até os 60. Buscamos mais qualidade de trabalho e menos quantidade”, diz Michael Wimert, presidente do empreendimento.
Com essas e outras ações – como concursos de melhor funcionário – a Elucid perdeu apenas dois técnicos no ano passado e faturou R$ 100 milhões. Sua taxa de turnover passou de 5% antes dos programas para 2% atualmente.