Ontem pela manhã vi uma notícia triste, sobre a morte do Ale Rocha. Estava lá nos TTs #RIPAleRocha e foi assim que descobri que ele havia falecido, pelo Twitter, pelo mesmo lugar por onde eu o “conheci”.
Cerca de uma semana atrás foi parar no TT (Trending Topics) a hashtag (esse sinal de jogo da velha # seguido por uma palavra-chave) #AleRochaDay. Nunca tinha ouvido falar do @AleRocha, e lá fui eu saber quem era essa pessoa e por que havia um dia dedicado pra ele.
Descobri que era um jornalista que após ter descoberto que possuía uma doença pulmonar e ser afastado do trabalho, resolveu virar blogueiro justamente pra não “enlouquecer com a doença” e continuar fazendo aquilo que tanto gostava, escrever. A partir dai criou o blog Poltrona (sobre TV) e ganhou fama, realização, diversos prêmios com o seu trabalho. Enquanto que diariamente vencia sua maior luta, que era sobreviver a doença que possuía a espera de um transplante de pulmão. (Aqui uma entrevista bem completa com o Ale Rocha).
Dois anos foi o quanto ele esperou pelo transplante de pulmão, 2 anos…. isso é muito tempo. Após esses dois anos, chegou o momento do transplante e tudo correu bem “Depois do transplante, ele acordou, sorriu, falou com a família.” e após seis dias uma infecção acabou com tudo e ele veio a falecer.
Por si só e apesar do final triste a história é linda, nos faz refletir sobre tantas coisas que muitas vezes nos faz perder nosso tempo com bobagens e coisas superficiais que não valem a pena. Um história de garra, de um cara que lutou e sobreviveu muito mais do que a maioria que enfrentou essa mesma doença. E nos faz pensar no que realmente importa de verdade, que a qualquer momento nossa vida pode ser tirada de nós em um piscar de olhos.
Enfim, hoje um novo dia e também pelo Twitter vi um post sobre a Carol Abranches (aquele affair do Neymar) e pensei o que será que ela fez dessa vez pra virar notícia. Pra minha surpresa era uma outra Carol Abranches, homônimo dessa ou vice-versa.
Essa primeira Carol Abranches era uma menina que fez Malhação na virada do século (2000) e saiu na revista Trip, onde bem explica Chico Barney. Era mais uma história de alguém que até hoje também não conhecia.
Provavelmente lá nos longínquos anos dois mil poderia ser mais uma promessa de uma futura grande atriz, apresentadora, modelo, estrela da TV, etc.. profissões glamourizadas por uma fama muitas vezes passageira. Hoje Carolina Abranches possui 34 anos, também é jornalista e tem um filho de um ano. “Minha vida mudou radicalmente. Antes, dava muito valor ao que as pessoas pensavam. Era muito preocupada em estar bonita e bem vestida. Hoje, estou mais voltada para a minha família” explica ela ao jornal Extra. Fico pensando se ela hoje seria mais feliz se tivesse continuado como uma famosa atriz de TV ou se é mais feliz em sua atual situação materna. Acho que nunca vai dá pra saber.
Gosto de conhecer essas histórias de pessoas anônimas e que por alguns segundos suas histórias vem a público. Como bem disse Andy Warhol em seu batido clichê “In the future everyone will be world-famous for 15 minutes.” Em tempos de Twitter e com acesso cada vez mais rápido a notícias e informações talvez 15 minutos seja tempo demais. Mas mais do que ser famoso e seus 15 minutos de celebridade, me encanta como a vida pode tomar vários rumos a partir de algumas escolhas que fazemos ou de algumas que nos são impostas e obrigados a aceitar.
Você já parou pra refletir sobre alguma encruzilhada que já viveu e sua respectiva escolha? Ou quem sabe algo que lhe foi imposto e a partir dai surgiu um novo caminho a ser trilhado? Que rumo tomou e será que isso te faria ser diferente do que é hoje?… é incrível não?! Pensar enlouquece…