GeoWeb

Design e Tecnologia.

Orçamentos, layouts, propostas, briefings, etc.. de graça? Não obrigado…

Há muito tempo deixei o amor de lado, propostas de layout sem receber nada, projetos de riscos, propostas com sites demos, e todo e qualquer trabalho que envolva produção sem remuneração. A única coisa que faço são orçamentos e propostas simples com um pré orçamento. O trabalho mesmo só começa depois de um ok do cliente nesse orçamento inicial. Dai sim vamos para o briefing detalhado e completo, onde teremos o preço final. The love is gone baby!

Esse texto do Blog de Guerrilha, que meu amigo Tuco da Astéria me enviou, traduz com clareza e detalhes esse sentimento que nutre a maioria das pessoas que trabalham com Web. Querido cliente, Beijo me liga!

– – –

Eu sou uma prostituta, não faço por amor

blog_03_11_prostituta.jpg

Todo mundo diz que nosso mercado está prostituído. Eu penso diferente, acho que nosso mercado é uma adolescente procurando o príncipe encantado.

Aqui na agência cobramos para trabalhar. É óbvio? Nem tanto. Ainda existe cliente que exclama: o quê!? eu tenho que pagar para vocês desenvolverem um plano de guerrilha para o meu briefing?

Sim, nós cobramos para trabalhar. Da mesma forma que o costureiro que fez a cortina da sua casa cobrou um sinal, sem você saber se ela ficaria bonita ou não. Da mesma forma que seu advogado cobrou ganhando ou perdendo a causa. Da mesma forma que você cobra do seu empregador (e você cobra até sem trabalhar nos seus merecidos 30 dias de férias). Da mesma forma que uma prostituta cobra antes de tirar a roupa.

Todos estes profissionais são prestadores de serviço e cobram para trabalhar. E por venderem algo intangível, a sua expertise, existe o risco de dar certo ou errado. O risco de você gostar ou não do resultado. O risco de ser bom pra você ou de você brochar. Para diminuir o risco, o contratante avalia as credenciais do fornecedor. Avalia se os serviços semelhantes que o fornecedor já fez estão adequados às suas expectativas. Não tem jeito, estamos falando de serviço e não de produto de prateleira com etiqueta de preço.

Com a Espalhe, eu sou uma prostituta com 5 anos de esquina tentando encantar e surpreender os clientes. E no meu ponto todo dia param uns pós-adolescentes, com pinta de gerente de produto jr ou atendimento de agência de propaganda, que abrem o vidro e jogam uma conversinha de que estão apaixonados, que querem me levar para casa e me tratar como uma rainha. Eu nem escuto o fim do papinho: dispenso dizendo que não beijo na boca e não faço por amor. Sou profissional e cobro pelo que faço.

Mas outro dia chegou um cliente antigo. Um tipo bonitão, forte, saudável e muito bem sucedido. Jogou a sua cantada, disse que estava apaixonado. E eu cai. Fui para a cama uma concorrência sem cobrar. Fiz por amor.

E você acha que no dia seguinte o meu príncipe ligou para dar um feedback? Claro que não. Vestindo a carapuça de adolescente ingênua e apaixonada, eu pensei que ele tinha perdido o meu telefone ou estava muito ocupado. Mandei um email perguntando se estava tudo bem e se ele ainda me amava. E ele respondeu frio, superficial e distante:

“Analisamos hoje as propostas apresentadas e optamos pelo projeto de outro fornecedor que estava mais adequado as nossas necessidades e objetivos. Agradeço pela apresentação e participação na concorrência. Abs,”

Nenhuma consideração com meu amor e dedicação a ele. Me sentindo suja e usada, eu volto pra minha esquina com a certeza que o amor não existe e que o bonitão vai continuar com o papai-mamãe de sempre _ seja no formato do estande enorme, bonito e vazio na feira, da propaganda super produzida que ninguém vai falar a respeito, do site lindo que tem que comprar post em blogs para ter alguma visita.

Se adolescentes apaixonadas não te satisfazem mais e você busca profissionais para realizar todas as suas fantasias, me ligue.

Bjs, GFortes – mas pode me chamar de Pamela – cabelos negros, 1,74 e 80 kg de pura travessura.

Comments

comments